Uma pessoa não se julga pela aparência,um livro não se julga pela capa e muito menos uma canção pelo titulo, durante alguns anos evitei escutar Black Sabbath, apesar de sempre ter achado o som sensacional, mas impulsionado por uma cultura superficial nunca tinha parado para perceber as letras desta polêmica banda precursora do que conhecemos hoje como heavy metal mas por estes tempos resolvi escutar e analisar com calma a obra da banda e confesso que me surpreendi. Neste ano de 2013 o Black Sabbath reuniu-se e gravou um o álbum 13 com o single "God is Dead?" utilizando-se de um tema que sempre promoveu a banda e que em certa altura da carreira levou a banda a ser classificada como anti-cristã ou até mesmo satanista, mas na verdade pelo que percebi as composições deles sempre foram muito mais a titulo de questionamentos de todo o sistema vigente inclusive o religioso um grande exemplo disto que falo é a música "After forever" que é mais cristã do que muitas músicas "gospel" digamos assim, mas o que está em voga aqui é a nova música e o novo álbum, mas será que Deus está morto? aonde ele está? Tenha coragem, questione e com certeza você encontrará a resposta, este texto não visa defender e nem exaltar convicções da banda mas sim fomentar reflexões, pois isto é positive! (1Tessalonicenses 5.21)
Abaixo segue a uma entrevista que o Ozzy Osbourne concedeu a revista Rolling stone do mês de abril falando sobre "God is Dead"
"God is Dead?” é uma faixa de mais de oito minutos de duração cuja letra, escrita pelo baixista Terry “Geezer” Butler, é inspirada em conceitos do filósofo alemão Friedrich Nietzsche e baseada em uma ideia trazida pelo vocalista Ozzy Osbourne.
“Eu estava esperando para ser atendido no médico e havia uma revista Time na sala de espera com a chamada ‘God is Dead’. E pensei, ‘Uau, isso é legal’”, explica Ozzy, em entrevista exclusiva para a Rolling Stone Brasil, ressaltando que espera que a faixa irá gerar polêmica por causa do tema controverso.
Eu espero que sim. Quanto mais pessoas protestarem, melhor. Nos anos 80 e início dos 90, alguém decidiu colocar adesivos nas capas dos discos [os selos “parental advisory”, criados para designar discos com conteúdo dito “impróprio”]. As vendas subiram, porque a molecada queria conhecer justamente aqueles álbuns que diziam que elas não podiam ouvir. E isso vendeu mais discos!
O Black Sabbath já falou sobre todo tipo de assunto nas músicas. Por que você acha que, de modo geral, as pessoas só se recordam das letras com conteúdo satânico?
Sabe, algumas das músicas que escrevi até poderiam ser consideradas pró-satanistas ou algo parecido. Mas nunca ninguém fala sobre o fato de que Terry [Geezer Butler] escreve essas letras incríveis. E quando você olha para elas do jeito certo, compreende: esta, que se chama “God is Dead?”, não é sobre Deus estar morto. É sobre alguém lhe dizendo que Deus está morto, e daí eu digo que não acredito que Deus esteja morto. Existe uma mensagem positiva no final da música, não é aquilo de “ah, estou feliz, muito satisfeito de que Deus está morto.” Não é que esteja dizendo que o diabo é quem domina tudo, e essas merdas.
E por que esse tipo de incompreensão acontece?
Porque eles todos têm a mente limitada. Pensam: “Oh, é o Black Sabbath, Deus está morto: é uma música anti-Deus, eu tenho de protestar!”. Eles nem escutam a porra da mensagem, entende? Não entendem a mensagem do Terry, de que há um final feliz. Não é como se estivéssemos dizendo “estou contente que Deus esteja morto”, ou “longa vida a Satã”. Eu posso afirmar que as pessoas vão simplesmente ler o nome da música e pronto, é isso o que vão entender. Elas nunca escutam o final da mensagem, sabe?
Ouça o single "God is Dead?" abaixo e ouça os riffs sombrios e poderosos que remontam aos clássicos da banda, e também a clássicos filmes de suspense e terror.
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